Quando o coração “sai do ritmo” por alguns segundos, o Holter flagra.

Monitore batimentos por 24 horas e descubra o que realmente está acontecendo.

O que é o Holter 24h

O Holter 24 horas é um exame que registra, de forma contínua, a atividade elétrica do seu coração ao longo de um dia inteiro (e, em casos selecionados, por 48–72h).

Você usa eletrodos no peito ligados a um gravador portátil; o aparelho registra todos os batimentos: do sono ao trabalho, do descanso ao estresse.

Com isso, conseguimos identificar arritmias que não aparecem no ECG de consultório, como extra-sístoles, taquicardias, pausas, fibrilação atrial paroxística (que “vai e volta) e variações de condução.

Tradução do técnico:
  • Arritmia = batimento fora do ritmo (acelerado, lento ou irregular).
  • Extra-sístole = batida “adiantada” (supravaentricular ou ventricular).
  • Paroxística = começa e termina de repente, podendo não estar presente no consultório.

Por que este exame importa

Muitos sintomas duram segundos e somem antes de você chegar ao médico: palpitações, “trancos” no peito, escurecimento da visão, tontura, quase desmaio. O Holter acompanha seu coração na vida real, cruzando o traçado elétrico com o momento do sintoma.

Ele também ajuda a avaliar riscos, guiar tratamento (quando tratar e quando apenas observar), verificar resposta a remédios e investigar pausas durante o sono ou ritmos muito lentos.

Como é feito

  • Instalação (5–10 min): colocamos 3 a 7 eletrodos adesivos no tórax e conectamos a um gravador leve preso ao cinto/bolso.
  • Monitorização contínua: você segue sua rotina normal por ~24h (trabalho, deslocamento, sono).
  • Diário simples: anote hora e sintoma (ex.: 10:32 — palpitação; 18:05 — tontura).
  • Retorno: retiramos o aparelho, baixamos e analisamos os dados; o cardiologista correlaciona sintomas x traçado.

Importante: a monitorização é elétrica (ritmo). Se a hipótese é pressão oscilando, o exame ideal é o MAPA 24h; os dois podem ser combinados.

Para quem é indicado

  • Palpitações, “batidas pulando”, pausas ou sensação de “coração na garganta”.
  • Tonturas, quase desmaios ou desmaios sem explicação.
  • Suspeita de fibrilação atrial paroxística (episódios que vão e voltam).
  • Avaliar bradicardia (batimentos lentos) e pausas no sono.
  • Monitorar tratamento: resposta a antiarrítmicos, betabloqueadores, ajuste de dose.
  • Checar risco em quem tem cardiopatia, pós-infarto, pós-COVID ou atletas com queixas de ritmo.

Passo a passo

  • Conversa inicial: sintomas, histórico e meta do exame.
  • Instalação: eletrodos + gravador; explicamos o que pode/não pode.
  • Vida normal por 24h: trabalhe, durma, caminhe — registre sintomas e horários.
  • Retorno e retirada: transferimos os dados, o cardiologista analisa e interpreta.
  • Devolutiva: explicamos os achados e o que fazer (acompanhar, tratar, investigar).

Precisa de preparo?

  • Tome banho antes da instalação; evite molhar o aparelho.
  • Use camisa/blusa que facilite vestir por cima dos fios (roupa confortável).
  • Não use cremes/óleos no tórax no dia do exame (atrapalham a aderência).
  • Evite ímãs /fontes intensas de eletricidade estática.
  • Mantenha seus remédios habituais, a menos que o médico oriente o contrário.

O que o resultado traz (e como usamos)

  • Carga de arritmias: quantas extra-sístoles (supra/ventriculares), se há taquicardias ou pausas.
  • Presença de fibrilação atrial (e sua duração), flutter, taquicardias supraventriculares.
  • Correlação sintoma-traçado (ex.: palpitação às 14:12 = taquicardia supraventricular).
  • Frequência cardíaca mínima/média/máxima, comportamento durante o sono.
  • Plano prático: observar x tratar; troca/ajuste de medicação; necessidade de exames complementares (ecocardiograma, ergoespirometria, estudo do sono) ou avaliação de marcapasso em casos de pausas relevantes.

Holter 24h na CCI Belém

  • Cardiologistas com expertise em métodos gráficos interpretam no contexto dos seus sintomas.
  • Integração com MAPA, ecocardiograma, testes de esforço, exames laboratoriais e avaliação do sono — no mesmo lugar, se necessário.
  • Relatório objetivo e orientado à conduta: você sai entendendo o que tem e o que fazer.
  • Acolhimento e praticidade: instalação rápida, orientação clara e suporte durante o período.

Perguntas frequentes

Dói? Posso trabalhar?
Não dói. O exame é indolor e você pode trabalhar normalmente; só evite molhar o aparelho.
E se o eletrodo descolar?
Pressione gentilmente para aderir. Se sair por completo, entre em contato com a clínica.
Posso treinar?
Atividades leves/moderadas em ambiente seguro podem ser feitas; siga a orientação do cardiologista. Exercícios de alto impacto podem soltar fios/eletrodos — avaliaremos caso a caso.
Quando sai o laudo?
De forma ágil após a retirada, considerando o tempo de análise detalhada e correlação clínica.

Próximos passos

Com o laudo, definimos se o melhor é observar, ajustar medicações ou investigar com outros exames da própria CCI. Se você for esportista, entregamos parâmetros práticos para treinar com segurança.